quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Poema a uma Caveira - Felipe Amaral - Soneto em heptassílabos



Diz-me, caveira funesta,
Esqueleto tosco e glabro,
De ondes sorves o macabro
Ar que em ti se manifesta?

Diz-me, caveira! O que há nesta
Tumba imersa em volutabro?
A chama de um candelabro
Que contra a morte protesta?

Talvez teus sonhos em vida,
Caveira desguarnecida
De pele e pêlo, em poeira...

Caveira, crânio funéreo...
Desvenda este arcano etéreo
Do teu sepulcro, caveira!

Nenhum comentário:

Postar um comentário