quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Refulge a luz natalina / Nas catedrais de cristal.



Refulge a luz natalina
Nas catedrais de cristal.


1
Todo natal traz um brilho
À vida triste e opaca
E a luz da paz se destaca,
Eliminando o’ empecilho...
Ecoa o doce estribilho
De uma canção divinal
E o puro amor fraternal
No peito se dissemina.
Refulge a luz natalina
Nas catedrais de cristal.
2
Cintila a tocha do amor
Nas criptas do coração
Quando essa celebração
“Nos proporciona” fulgor...
A brisa traz um frescor
Nessa data especial
Que afugenta a dor e o mal
Quando a’ aflição extermina.
Refulge a luz natalina
Nas catedrais de cristal.
3
Quando o farol natalino
“Se acende” dentro do peito,
Satisfeito, eu me deleito,
Sentindo o toque divino.
Nas badaladas do sino
Há algo de surreal
E é na noite vesperal
Que essa emoção nos domina.
Refulge a luz natalina
Nas catedrais de cristal.
4
Mas quando o natal se esvai,
O farol não mais fulgura,
A noite se faz escura
E a paz não se sobressai.
Da boca a canção não sai
E os sinos não dão sinal;
E o breu da cripta carnal
No coração predomina
E apaga luz natalina
Nas catedrais de cristal.

Mote desenvolvido em mourão com João Carlos Nogueira.
17/11/2012 – Círculo Poético

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