1
RF – Ando
por ruas medonhas
JC –
Buscando paz - mas não acho -
RF – Por
entre um vil populacho
JC – E
entre vielas tristonhas.
RF –
Nessas horas enfadonhas
JC – A voz
da morte retumba
RF – E a
minh’alma se amofumba
JC – Nela,
por quem me obceco.
Já posso
escutar o eco
Da voz
infernal da tumba.
2
JC –
Procuro me libertar
RF – Do
medo que me encarcera,
JC – Mas
ainda escuto a fera
RF – Que
insiste em me amedrontar.
JC – Peço
a Deus pra me ajudar.
RF – “Me
livrar” dessa quizumba.
JC – Pra
que o meu ser não sucumba,
RF –
Diante disso, a Deus impreco...
Já posso
escutar o eco
Da voz
infernal da tumba.
3
RF – Fui a
hospitais e clínicas
JC – De
juntas psiquiátricas
RF – Para
sanar necrolátricas
JC –
Irrupções histamínicas.
RF –
Fortes dores miodínicas
JC – Com
inchações de caxumba -
RF –
Daquela que o corpo “chumba”-
JC – Quase
me deram um “treco”.
Já posso
escutar o eco
Da voz
infernal da tumba.
4
JC –
Então, ao fim, decidi
RF –
Enfrentar esses meus medos
JC – Pra
desvendar os segredos
RF – Dos
males que padeci.
JC – Sendo
assim, eu descobri
RF – Que
tinham feito macumba...
JC – E eu
fui lá “na” catacumba
RF – E
desfiz aquele “treco”:
- Não escuto mais o eco
Da voz
infernal da tumba
RF –
Roberto Felipe Amaral
JC – João
Carlos Nogueira
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