Mas,
em nome de Jesus,
Eu
pude o exorcizar.
1
JC
– Fui fazer uma visita
RF
– Em uma casa assombrada.
JC
– Vi muita gente assustada
RF
– Co'a fantasmada esquisita.
JC
– Era uma coisa maldita
RF
– Que se arrastava no lar.
JC
– Deu-se a querer me enfrentar.
RF
– Convulsionou-se ante a cruz,
Mas, em
nome de Jesus,
Eu
a pude exorcizar.
1
RF
– Fui à outra residência
JC
– Onde choros se escutava;
RF
– Porta se abria e fechava,
JC
– Batendo com veemência.
RF
– Eu, porém, com persistência,
JC
– Dispus-me a esconjurar
RF
– O demônio do lugar
JC
– E ele, a ordem, não fez jus,
Mas, em
nome de Jesus,
Eu pude
o exorcizar.
3
JC
– Ao tornar à minha casa,
RF
– Vi um terreno baldio
JC
– E, ao sentir um calafrio,
RF
– Vi algo rubro igual brasa:
JC
– Um demônio que atanaza...
RF
– E, ao decidir, o expulsar,
JC
– Começou ele a uivar,
RF
– Tendo no crânio um capuz,
Mas, em
nome de Jesus,
Eu pude
o exorcizar.
4
RF
– Passei numa encruzilhada
JC
– E vi sinais de macumba.
RF
– E, pra acabar co'a quizumba,
JC
– Fiz uma oração pesada.
RF
– Mas um vulto, a dar risada,
JC
– “Começou se revoltar”,
RF
– A fim de me amedrontar
JC
– E obscurecer-me a luz,
Mas, em
nome de Jesus,
Eu
pude o exorcizar.
5
JC
– Estando a tomar um
banho,
RF
– Vi no banheiro uma imagem,
JC
– Mas me cingi de coragem
RF
– Pra' enfrentar o ser estranho.
JC
– Na luta obtive ganho,
RF
– Embora tive penar...
JC
– Que o Cão, ao se rebelar,
RF
– Gargalha, zomba e seduz,
Mas, em
nome de Jesus,
Eu
pude o exorcizar.
6
RF
– Fui ao sítio e chuviscou
JC
– E o rio
não dava passagem.
RF
– E, ao desistir da viajem,
JC
– A moto logo enguiçou.
RF
– Um vulto por mim passou,
JC
– Querendo me ironizar.
RF
– Achou de me provocar
JC
– Naquele lugar sem luz,
Mas, em
nome de Jesus,
Eu
pude o exorcizar.
Mote:
Felipe Amaral
Glosas:
João Carlos Nogueira Borges
E
Poeta Felipe Amaral